Notícias

Notícias » Geral » JÁ COMEÇOU O “SONS À PORTA” 2025

O Festival “Sons à Porta” voltou ao recinto dos Paços da Cultura para animar o final de tarde dos sanjoanenses, e celebrar a boa música ao pôr-do-sol.

O festival de música, que já vai na sua 4ª edição, arrancou no passado sábado com a primeira de quatro sessões agendadas para 2025, e a banda MIGUELMILCONTOS foi a primeira a atuar.

A banda, que conta já com vinte anos de existência, presenteou toda a gente no recinto do evento com uma atuação exclusiva que percorreu os principais temas do seu repertório, e durante cerca de hora e meia o público ficou rendido a um ambiente bastante intimista, onde nem o calor demoveu as pessoas de permanecer no local para assistir ao concerto até o sol se pôr.


O Festival “Sons à Porta” é uma organização da Junta de Freguesia de São João da Madeira, de acesso livre, e o objetivo é promover artistas e projetos musicais da terra, e convidá-los a fazer parte de uma experiência musical diferente do habitual, mais intimista, e livre de obstáculos entre os artistas e o público que assiste aos concertos. 

A iniciativa vai repetir-se nos dias 26 de Julho, 30 de Agosto e 27 de Setembro, com novos artistas, que serão anunciados em breve.
Veja os melhores momentos do evento nas nossas redes sociais:

https://www.facebook.com/reel/703166915500055

https://www.instagram.com/p/DLsFk72IVds/

ENTREVISTA COM MIGUELMILCONTOS, REPRESENTANTE DA BANDA, COMPOSITOR E VOCALISTA


QUEM SÃO OS MIGUELMILCONTOS?

MIGUELMILCONTOS é a extensão de um músico para quem a procura obstinada e quase obsessiva da canção perfeita se lhe afigura como valor maior da sua criatividade. Não se deixando aprisionar única e exclusivamente pela escrita pura e dura do formato canção, tem experimentado novas formas de condensar na música a exteriorização puramente artesanal de cada ideia, de cada motivo, até ao limite da "transpiração".

FALE-NOS SOBRE OS ELEMENTOS QUE INTEGRAM A BANDA? 

Tendo por base uma secção rítmica de carácter tradicional com Diogo Lopes na bateria, Bruno Bano no baixo, na guitarra, e não só, Duarte Grangeio, nos sopros, Bruno Vieira no saxofone e no trompete Bruno Pinto, e a versatilidade do conjunto, que a poesia se eleva desse chão rítmico, deixando para si mesmo, a escrita das canções, a voz e, ora o piano, ora a guitarra acústica.

COMO CORREU O CONCERTO?

Este concerto, revelou-se uma experiência altamente profícua e enriquecedora, não só sob o ponto de vista musical como também pessoal, porque é através da confluência entre esse binómio artista/público, público/artista, que essa simbiose comunicacional se estabelece e, tanto quanto me foi possível observar e absorver, essa salutar comunicação, esse diálogo que em momento algum se quebrou, manteve-se, portanto, em perfeita harmonia.

Apesar do dia de verão de canícula acentuada que se fez sentir, toda a banda sentiu um enorme conforto na forma acolhedora e amistosa com que foi recebida e tratada ao longo de todo o processo, não só por parte das pessoas ou colaboradores diretos da junta de freguesia de São João da Madeira, mas também do público em geral.

SOBRE A INICIATIVA “SONS À PORTA” O QUE GOSTARIA DE DIZER?

Iniciativas como o "Sons à Porta", são a medida exata para projetos com a compleição física do miguelmilcontos (metaforicamente falando, obviamente), e é talvez por isso que esta participação, ou atuação, lhe tenha servido como uma luva. 

Apesar de já terem passado vinte anos sobre o seu início, a afirmação da sua identidade foi sendo construída como um trabalho de filigrana, com todas as suas vicissitudes, todos os seus imponderáveis, com uma enorme perseverança e entrega por parte de todos os membros que dão vida às canções e às músicas, mas também com uma clara noção do seu próprio valor e que encontram nesse tipo de palcos o sítio perfeito para dar voz ao seu intento.

É portanto com o devido reconhecimento que agradecemos a todos o que tornaram este evento possível e desejar que se mantenha de boa saúde durante muitos e bons anos porque, assim como o miguelmilcontos, outros músicos, outras bandas, outros projetos carecem de sítios para fazerem passar a mensagem em que acreditam.